terça-feira, 13 de abril de 2010

Nada de Arruda na Papuda

Quando José Roberto Arruda foi preso, em 11 de fevereiro, era um sujeito arrogante, prepotente e vaidoso. Eleito governador do Distrito Federal graças à ignorância do eleitorado local, que escolhe seus mandatários com o mesmo esmero de quem defeca, Arruda protagonizou o maior escândalo político dos últimos tempos, que ficou conhecido como "mensalão do DEM".

Cooptada pelo dinheiro distribuído por Durval Barbosa, a base aliada de Arruda na Câmara Legislativa foi gravada guardando maços em bolsos, bolsas e meias. No próximo sábado, dia 17, os remanescentes do escândalo elegem um governador-tampão. Tudo para evitar a intervenção federal, tão desejada por uns, tão temida por outros.

Depois de dois meses, no dia 12 de abril, Arruda sai da cela na sede da Polícia Federal, no Setor Policial Sul. Sua trajetória na cadeia foi digna de uma eliminação no Big Brother. Primeiro, Arruda pediu sua desfiliação do DEM (ex-PFL). Após a renúncia do vice Paulo Octávio, Arruda foi cassado pelo TRE. Sem mandato, deveria ter sido preso na Papuda. Não foi.

Por 8 votos a 5, decisão favorável do STJ concedeu a liberdade a Arruda. Agora, o ex-governador é um sujeito enfraquecido politicamente e debilitado fisicamente. Bem diferente do sujeito arrogante, prepotente e vaidoso de dois meses atrás.

Com sorte, terá o mesmo fim de PC Farias...

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