domingo, 12 de dezembro de 2010

A epidemia do crack e a legalização da maconha

No Brasil, crack e maconha são substâncias ilegais, cujo consumo é punido com penas leves, como advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à sociedade e medida educativa de comparecimento a programas ou curso educativo, segundo a Lei 11.343, de 23 de agosto de 2006.

À luz da dureza da Lei, crack e maconha podem até ser tratados como coisas semelhantes, mas há mais rupturas do que paralelismo entre essas substâncias. A epidemia do crack em curso no Brasil tem demonstrado as limitações de políticas de segurança pública para seu enfrentamento. Na esfera federal, governo e oposição propugnam a necessidade de aliar medidas de saúde pública ao policiamento ostensivo, para coibir o consumo do crack, e à investigação policial, para tirar de circulação os traficantes. E nada.

Em Brasília, as cracolândias, até pouco tempo restritas à Rodoviária, ao Setor Comercial Sul e ao Setor de Diversões Norte, pululam pelas quadras residenciais do Plano Piloto, aterrorizando a burguesia endinheirada da "ilha da fantasia".

Arte: Joelson Miranda/CB/D.A

À medida que a epidemia do crack se intensifica, espalha-se pelas superquadras e comerciais do Plano Piloto gente que, do ponto de vista "nativo", não tem lugar social para vender e consumir a droga em sua vizinhança.

Afirmar que a repressão policial ao crack na área central de Brasília contribuiu para que traficantes e usuários tomassem diversas quadras do Plano Piloto, ou que a percepção do recrudescimento do consumo apenas confirma se tratar de uma epidemia, parece pretensão demais para um texto de blog, e muito mais apropriado para uma investigação acadêmica. Assim sendo, valho-me da constatação inequívoca da escalada do crack para questionar se não seria um momento apropriado para a legalização da maconha.

A maconha, tal qual o álcool e o tabaco, é substância que causa dependência, e seu consumo deve ser tratado como questão de saúde pública. Hoje, quem consome maconha, precisa de um traficante, ou planta sua própria erva. E, plantando, torna-se traficante. Ou seja, para não correr o risco de ser enquadrado como traficante, o usuário de maconha compra um produto de qualidade duvidosa, muitas vezes com vestígios de crack e merla, subprodutos fumáveis da cocaína.

Assim como a cocaína, na década de 1980, promoveu mudanças radicais nos padrões de criminalidade urbana brasileira, com o fortalecimento do crime organizado, atrelado à globalização do crime (vide o surgimento do Comando Vermelho, no Rio), o avanço do crack, a partir de São Paulo, tem relação direta com o poderio do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Comparativamente, o contexto da proibição da maconha é bem diferente daquele em que se assiste à epidemia do crack, e já foi longamente esmiuçado aqui. Enquanto o crack está intimamente ligado à violência e à criminalidade, a maconha só está associada à violência no discurso de idiotas como Bo Mathiasen, representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) para o Brasil e o Cone Sul.

No Brasil, Fernando Gabeira, deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro, e Carlos Minc, deputado estadual, defendem a legalização da maconha. Até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defende a legalização da erva. Depois da sua saída da presidência, claro, bom tucano que é.

Legalizem a maconha. Cobrem impostos exorbitantes. Proíbam sua venda a menores de 18 anos, tal qual o álcool e o tabaco. Sejamos mais felizes e menos hipócritas.

Links interessantes

O contrassenso da Marcha da Maconha - 30.04.2009

Marcha da Maconha em Brasília - 11.05.2009

Marcha da Maconha - 12.05.2009

Bo Mathiasen é um imbecil - 25.02.2010

O caos no Rio e a demonização do usuário - 26.11.2010

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O caos no Rio e a demonização do usuário

O caos urbano e o terror, recrudescidos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro a partir da última segunda-feira (22), e ligados ao narcotráfico, com quase uma centena de veículos incendiados por bandidos, têm suscitado intensos debates, tanto nos meios de comunicação quanto na sociedade civil.

Assim, cidadãos e cidadãs que, durante o período eleitoral, acusavam a grande mídia de golpista, apesar de não haver quaisquer indícios de golpe, haja vista a consolidação do Estado Democrático de Direito no Brasil, estranhamente repetem, agora, as "verdades" disseminadas pela mesma imprensa que, há pouco mais de um mês, acusavam de fascista.

A demonização do usuário se insere, ad nauseam, nessa discussão balizada pelo senso comum, numa tentativa canhestra de responsabilizá-lo pelo caos no Rio de Janeiro. Como se, ao acender um cigarro de maconha, os usuários de todo o Brasil, automaticamente, financiassem o enfrentamento entre os traficantes e os agentes do Estado. Trata-se de um discurso falacioso, no mínimo incapaz de dar conta da complexidade da globalização do crime e, sobretudo, dos limites da explicação local.

A antropóloga Alba Zaluar, que se dedica ao estudo da violência urbana e da criminalidade à brasileira desde a década de 1980, assim se refere ao contexto carioca, bem diferente do paulista ou do mineiro: "a imagem do menino favelado que com uma AR-15 ou metralhadora UZI na mão, as quais considera como símbolos de sua virilidade e fonte de grande poder local, com um boné inspirado no movimento negro da América do Norte, ouvindo música funk, cheirando cocaína produzida na Colômbia, ansiando por um tênis Nike do último tipo e um carro do ano não pode ser explicada, para simplificar a questão, pelo nível do salário mínimo ou pelo desemprego crescente no Brasil, nem tampouco pela violência costumeira do sertão nordestino. Por um lado, quem levou até ele esses instrumentos do seu poder e prazer, por outro, quem e como se estabeleceram e continuam sendo reforçados nele os valores que o impulsionam à ação na busca irrefreada do prazer e do poder, são obviamente questões que independem do salário mínimo local. Essas afirmações têm vários desdobramentos".

Por sua vez, a demonização do usuário é estratégia engendrada pela Drug Enforcement Administration (DEA), numa tentativa de frear o consumo de drogas nos Estados Unidos. Sabe-se que, no contexto estadunidense, a repressão ao narcotráfico não teve o resultado esperado e que, a despeito das cifras astronômicas investidas no combate dentro e fora de suas fronteiras, não houve diminuição no consumo de drogas pelos norte-americanos. Muito pelo contrário.

Como propugna Celso Lungaretti, ex-preso político, companheiro da presidente eleita Dilma Rousseff na VAR-Palmares, "a criminalidade é intrínseca ao capitalismo".

Demonizar o usuário é, tão-somente, acorrentar-se no interior da caverna, contemplando apenas veículos em chamas, de costas para a realidade.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A Copa do Mundo é nossa

O Secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, voltou das férias de 30 dias e foi exonerado pelo Ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto.

Nada mais a declarar.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Atlético-MG dá adeus à Copa do Brasil

O Atlético, atual campeão mineiro, foi eliminado da Copa do Brasil pelo Santos, ontem à noite, com a derrota por 3 x 1, no Mineirão. Alegria de atleticano dura pouco.

O Cruzeiro, por outro lado, massacrou o Nacional, do Uruguai. No primeiro jogo da oitavas de final da Libertadores, no Mineirão, no dia 29 de abril, o Cruzeiro venceu por 3x1. Ontem, derrotou o time uruguaio por 3x0, em Montevidéu. Assim, o time celeste avança rumo às quartas de final.

O próximo adversário do Cruzeiro na Libertadores é o São Paulo. Assim, repete-se o confronto das quartas de final da última edição, em que o Cruzeiro derrotou o São Paulo duas vezes, eliminando-o da Libertadores.

O primeiro jogo entre as duas equipes acontece na semana que vem. Ainda hoje, a Conmebol deve divulgar data e horário da primeira partida, que acontece no Mineirão.

sábado, 17 de abril de 2010

DF tem novo governador

Rosso, o Tampax©

Foto: Edilson Rodrigues - CB/D.A. Press

Hoje, Rogério Rosso foi eleito governador-tampão do DF. É o quarto governador em três meses. Assim como José Roberto Arruda, sem partido, governador cassado pelo TRE, Rosso (PMDB) é cupincha do ex-governador Joaquim Roriz (PSC). Sua vice, Ivelise Longhi, padece do mesmo mal.

O que se esperar dos eleitores de uma unidade da federação onde mais da metade da população local foi beneficiada pela "farra do lote", política habitacional que rendeu votos a Roriz e, sobretudo, legou toda a sorte de problemas urbanos que afligem o DF? Ora bolas, que elejam gente como Pedro do Ovo, Batista das Cooperativas e todos aqueles flagrados colocando maços de dinheiro em bolsos, bolsas e meias: todos cupinchas do Roriz.

Ninguém sabe quem é Rogério Rosso. Os mais crédulos clamam por intervenção federal. Outros, mais céticos, querem o fim da autonomia político-administrativa do DF.

A maioria quer ver o oco!

Resultado: Roriz vem aí...

terça-feira, 13 de abril de 2010

Nada de Arruda na Papuda

Quando José Roberto Arruda foi preso, em 11 de fevereiro, era um sujeito arrogante, prepotente e vaidoso. Eleito governador do Distrito Federal graças à ignorância do eleitorado local, que escolhe seus mandatários com o mesmo esmero de quem defeca, Arruda protagonizou o maior escândalo político dos últimos tempos, que ficou conhecido como "mensalão do DEM".

Cooptada pelo dinheiro distribuído por Durval Barbosa, a base aliada de Arruda na Câmara Legislativa foi gravada guardando maços em bolsos, bolsas e meias. No próximo sábado, dia 17, os remanescentes do escândalo elegem um governador-tampão. Tudo para evitar a intervenção federal, tão desejada por uns, tão temida por outros.

Depois de dois meses, no dia 12 de abril, Arruda sai da cela na sede da Polícia Federal, no Setor Policial Sul. Sua trajetória na cadeia foi digna de uma eliminação no Big Brother. Primeiro, Arruda pediu sua desfiliação do DEM (ex-PFL). Após a renúncia do vice Paulo Octávio, Arruda foi cassado pelo TRE. Sem mandato, deveria ter sido preso na Papuda. Não foi.

Por 8 votos a 5, decisão favorável do STJ concedeu a liberdade a Arruda. Agora, o ex-governador é um sujeito enfraquecido politicamente e debilitado fisicamente. Bem diferente do sujeito arrogante, prepotente e vaidoso de dois meses atrás.

Com sorte, terá o mesmo fim de PC Farias...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Como Romeu e Julieta?

Escrevi muitos contos entre 1997 e 2006, que integram um volume chamado "Imaginação mórbida".

"Como Romeu e Julieta?" é um deles.

Boa leitura.


Somos o que somos,
Somos judeus, é isso o que somos.
Abençoados somos, e também o nosso mundo,
E doce como o açúcar é a nossa vida.


Canção folclórica iídiche

Immanuel Edelman nunca foi bom com números. Gostava de filosofia e dedicava-se à hermenêutica da Torá. Nutria um interesse secreto pelo rabinado, e estimava o francês Émile Durkheim, que conhecera em leituras sociológicas bem precoces.

O inverno de 1938, em Varsóvia, havia aproximado aquele menino da biblioteca de seu avô materno, um russo francófilo chamado Boris Antokolski, morto pouco tempo antes do nascimento de Immanuel, em um desastre fluvial na América do Sul. Absorto na sociologia francesa, Immanuel ainda tinha 15 anos quando alemães e russos invadiram a Polônia, no dia 1º de setembro de 39, após o pacto germano-soviético de divisão do país.

Ataques simultâneos de alemães e russos marcaram o final do verão de 1939. Dois dias após a invasão da Polônia, França e Inglaterra declaram guerra ao Reich. No dia 7 de setembro, Immanuel completou 16 anos. Vinte dias após seu aniversário, a resistência polonesa sucumbia ante a superioridade bélica tanto de Stálin quanto de Hitler. Aos 16, mesmo todos os incidentes contra judeus na história alemã - inclusive o pogrom conhecido como Kristallnacht, ocorrido em 9 e 10 de novembro de 1938 - e na Europa não permitiram que antevisse os efeitos do anti-semitismo que levaria ao extermínio de seis milhões de judeus entre 1939 e 1945.

Immanuel, a partir do contato com gentios poloneses, já havia experimentado o que era ser judeu vivendo em um país católico. Sentia-se judeu, considerava-se e era considerado como tal. Ele sabia, e não questionava, que a lei do país é a lei. Com a invasão nazista, judeus são proibidos de frequentarem parques, bares e restaurantes, até mesmo de se sentarem em bancos públicos. A partir de 1º de dezembro de 1939, todos os judeus maiores de 12 anos são obrigados a usar, quando fora de casa, um emblema com a Estrela de Davi na manga direita, de cor azul sobre um fundo branco, medindo oito centímetros de ponta a ponta, por ordem do Doutor Fischer, governador do distrito de Varsóvia.

Quando alimentavam contra ele qualquer ódio anti-semita, Immanuel refugiava-se nas palavras do Senhor: “Porque povo santo és ao Senhor teu Deus: o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que sobre a terra há”, repetia para si, perscrutando cada palavra à luz de sua fé. Pertencia a um povo diferente de todos os outros do mundo, e tentava encontrar na lei judaica refrigério que aplacasse, ainda que superficialmente, a dor psicológica da perseguição contra os seus.

Era um ashkenazi, mas encantava a Immanuel o ladino dos sefaradim, que conhecera por intermédio de uma linhagem de cohanim italianos que viviam em Varsóvia. Sobretudo, encantara Immanuel uma jovem ítalo-polonesa chamada Anna Rappaport. Yitzchak Edelman e Yitzchak Rappaport, seu pai e o pai dela, eram sócios numa pequena casa de câmbio que funcionava na antiga residência de Boris Antokolski, sogro do pai de Immanuel.

Immanuel era o primogênito de Yitzchak, e ele exigia a companhia do filho, ainda que este permanecesse horas trancado na biblioteca do avô, enquanto o pai trabalhava no andar de baixo com o sócio de mesmo nome.

Immanuel e Anna se conheceram antes de ele se tornar um bar mitzvá. Ela já tinha chegado à puberdade. Immanuel ingressara na yeshivá aos 11 anos e tencionava, desde então, a ordenação rabínica. Filho do mandamento, nunca a tocara até a invasão da Polônia. A lei é a lei, ele sempre soube, e só ignorantes negam sua existência.

No Shabat anterior a seu 13º aniversário e, portanto, à maioridade legal, enquanto repetia o último versículo do fragmento semanal da Torá, Deus revelara a ele que tinha um propósito em sua vida; mas que Immanuel nunca revelou a ninguém.

Com a invasão nazista, tem início a perseguição e o extermínio de judeus na Polônia. Os primeiros guetos são estabelecidos no país no final de 1939, segregando os judeus tal qual na Idade Média; seguidos da criação de conselhos formados por judeus, responsáveis pela comunidade judaica durante a ocupação alemã, denominados Judenrat, e da polícia judia. Por ordem do Dr. Fischer, o dia 31 de outubro de 1940 é estabelecido como prazo final para que toda a população judaica de Varsóvia fosse levada para o distrito judeu da cidade. Para os chefes nazistas, os guetos eram apenas uma medida transitória. Depois de concentrados, e de terem seus bens confiscados, os judeus seriam, sistematicamente, enviados aos campos de extermínio montados em território polonês.

Os dias e meses se tornaram uma sucessão de separações forçosas e assassinatos de parentes e amigos, a sangue frio. A pertença àquele povo, que tanto o orgulhara por se saber escolhido por Deus e, mutuamente, aquele que escolhera o Senhor, ora estigmatizava-o mais do que nunca experimentara, ou ousara pensar um dia vivenciar. E o estigma encerrava o genocídio dos seus.

Muitos anos depois, sobrevivente do Holocausto e envelhecido pelo pendular do tempo, Immanuel ainda sentia o cheiro de Anna Rappaport. E nunca se esqueceu da única mulher que amara. Sobretudo, do abraço desesperado que deu nela, pouco antes de seguirem em trens separados para um futuro incerto. O futuro a Deus pertence.

Para eles, jamais haveria “nós”. Enquanto aquele trem encaminhava Immanuel à morte, a perpetrar-se pela infâmia nazista, ele repetia para si: “Abençoado sejas, ó Senhor nosso Deus, rei do universo”.

São Paulo, 8 de março de 2005

terça-feira, 30 de março de 2010

Como assim "será que ele é?"

Ricky Martin reconheceu ser gay, com muito orgulho. Achei lindo!

Na verdade, para além do reconhecimento público, isso era óbvio desde os tempos dos Menudos, em 1984.

Aliás, pior que os Menudos, em termos musicais, foram seus similares nacionais. Aliás, pior destino que o daquele Rafael que come/fuma pilhas, do Polegar, impossível.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Rescaldo do caso Nardoni

Enquanto a Globo News noticia ad nauseam, desde segunda (22), o julgamento do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, lembro de Thomas Hobbes para chegar à única certeza inequívoca sobre o acontecido: a tal Isabella, ariana, aos 5 anos de idade, estava para Jatobá assim como, em 2005, Roberto Jefferson estava para Zé Dirceu.

Ou o contrário. Ou não.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Poesia

Uma poesia curta para sublimar um dia canhestro no Serviço Público Federal.

HORDA - MMMGM

Andamos todas e todos
lado a lado, juntos
mas separados

Quem fere, fere e
rimar é mais
fácil que viver

quarta-feira, 17 de março de 2010

Cassaram o Arruda

A maior epidemia de dengue da história do Distrito Federal ilustra a falência da "ordem" que o DEM e o governador cassado do DF, José Roberto Arruda, implantaram na Cidade Modernista.

Há duas semanas, faz-me pensar um comentário da minha vizinha filósofa sobre uma pretensa "ordem" instaurada pelo Governo Arruda. Na falta de um parecer tão convicto quanto o dela, contento-me em propugnar: agora, é Arruda na Papuda!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Faltou revisão

Foto: Wilton Júnior - Agência Estado

Realmente, defender os interesses do Rio é uma covardia contra os estados não produtores.

Pior que isso é chorar pelo petróleo que nem foi "derramado". Governador poltrão. Deve ter sido criado pela avó!

É o Arruda fazendo escola...

domingo, 14 de março de 2010

Dia Nacional da Poesia

Por ocasião do Dia Nacional da Poesia, divulgo um poema que integra meu terceiro livro, cujo título deve ser Novos velhos poemas.

APOSENTADORIA - MMMGM


Eu não escrevo mais poesia
agora finjo minha dor calado

Fui poeta digital:
transformava em bits
minha (in)significância pessoal

Mas essa vaga no Serviço Público Federal
esses discursos para político e
essa aplicação no CDB DI
aposentaram meu eu poético

sexta-feira, 12 de março de 2010

Mataram o Glauquito


Mataram o Glauquito. Mas não foi o Sargento Garcia. Resta esperar que Don José Cuervo batize logo o bagulho que Peter Coyote ficou de trazer, para garantir o final de semana.

Descanse em paz, Glauco! Descanse em paz, Raoni!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Arruda sai da cadeia

Sem partido, o governador Arruda, preso desde 11 de fevereiro, começa a semana com o pé direito. Inchado.

Assim, sai da cadeia para ir ao hospital. Médicos da PF corroboram a mise-en-scène: puro efeito midiático. E consegue do STJ a visita de um médico particular. Mas acorda na sala/cela, no dia 11 de março, e vê o sol nascer quadrado.

Que existência de merda, hein? Chora, Arruda. Mas chora muito! E faça a oração do Brunelli até Deus ter pena de você, ou até o fim da preventiva. Pelo menos.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Lêdo Ivo leu meu livro

Acabei de receber um e-mail do imortal Lêdo Ivo, poeta e acadêmico da Academia Brasileira de Letras, que diz: "recebi seus livros e muito apreciei sua poesia. Quanto aos outros exemplares, já distribuí a meus confrades".

CARALHO!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

PSDB de cu é DEM

José Serra é amigo do DEM. Paulo Octávio, Arruda e Kassab: tudo brother do Serra. Finalmente, o brasileiro deve ter entendido isso.

É a vez de Dilma Vana Rousseff. Enquanto o tucanato toma no cu, que nem o DEM, Dilma é o viagra do Lula. Ou Lula é o viagra da Dilma?

Intervenção federal no DF. Copa do Mundo na África do Sul. Transferência de voto Brasil afora: Lula é Dilma, Dilma é Lula.

2010 promete...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Bo Mathiasen é um imbecil

Bo Mathiasen, representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) para o Brasil e o Cone Sul é um imbecil. "A planta cannabis é uma planta ilícita. Nenhum país tem proposto legalizar esta planta. Será que você acaba com a violência e com o crime organizado legalizando a maconha? Nossa resposta é não" - afirmou o gringo.



Não sabe nada sobre drogas e crimes, principalmente no Brasil. Aposto que nunca fumou maconha. Perdeu uma boa oportunidade de ficar calado. Ou "fazer a cabeça".


Bo, pede pra sair.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Cassaram o Kassab

É o mais surreal fim do reinado de Momo!

O governador Arruda, que chorou antes de se filiar ao PFL (DEM), agora sem partido, foi transferido para numa sala de 10 metros quadrados na sede da PF, aqui na Cidade Modernista.

Em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) foi cassado por receber propina na campanha de 2008, quando concorreu à reeleição. Cabe lembrar que Kassab tinha sido eleito, em 2004, vice-prefeito da Torre de Babel na chapa de José Serra, antes de o último se eleger governador, em 2006.

Em homenagem à dupla que deixou o povo de São Paulo embaixo d'água nesse verão, uma marchinha de carnaval em tempos de lulismo.

Uma marchinha de merda

Cassaram o Kassab
Cupincha do Zé Serra
Enquanto o DEM chafurda
O Brasil saiu da merda

Em outubro, vote 13! Vote Dilma!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Galo 1 x 3 Cruzeiro


O Galo nunca decepciona...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

"Rescaldo" do Carnaval

Estou abismado com o fato de que dezenas de foliões, inclusive mulheres, foram presos no Rio de Janeiro por terem urinado na via pública. É o sinal dos tempos.

É fato que o proselitismo implantado pela ditadura da permissividade inverteu a "ordem" e subverteu o bom senso. O politicamente correto reza, hoje, que aceitemos tudo como "normal": toda e qualquer bizarrice.

Mas não poder fazer xixi na rua no Carnaval? À puta que pariu...

Carnaval do Arruda na PF

Edilson Rodrigues (CB)

O Carnaval do Arruda na PF, com certeza, foi bem pior que o meu.

E por falar nisso, será que a PF vai liberar aqueles vídeos do PO tomando no YouTube?

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Arruda na Papuda?


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acaba de decretar a prisão preventiva do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. A decisão da Corte Especial do STJ, por 12 votos a 2, decretou, também, a prisão de outros cinco envolvidos na suposta tentativa de suborno ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Sombra.

Será que o filho da puta do Arruda fica preso até Quarta-Feira de Cinzas?

Eu duvido...

Pasmem: o presidente Lula, segundo notícia publicada no site G1, teria lamentado e ficado “abatido” com a informação de que a prisão do cuzão do Arruda havia sido pedida.

Que mula!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Frida: 10 anos

Hoje, a Frida completa 10 anos. Esse vídeo é uma lembrança antiga da nossa matilha, chefiada por ela.


Otto, Max, Olga e Hans: saudades eternas de vocês!


O tempo não para...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

PNDH-3 é 10

Aposto que ninguém leu as 228 páginas do PNDH-3. Trata-se de um decreto petista no poder, no sentido "genoíno" da palavra. Se eu não conhecesse, por exemplo, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, talvez pensasse diferente.

A mídia alardeia. A opinião pública (invencionice da mídia que alardeia) "relaxa e goza". Os setores mais retrógrados e tacanhas da sociedade brasileira: de farda e botina, batina, F-250 a diesel na fazenda ou dinheiro no CDB-DI, em pastas, bolsas, bolsos, meias e cuecas, por exemplo, acham tudo "ideológico".

Afinal, alguém tem que impedir a eleição da Dilma...

Viúvas e bastardos

Que me perdoem viúvas e bastardos, mas as "viúvas" e os "bastardos" da Ditadura Militar (1964-85), que têm medo de qualquer revisão da Lei de Anistia, de 1979, acabam de ser surpreendidos com um golpe de mestre do presidente Lula, o maior estadista brasileiro de todos os tempos.

Depois da CUT, agora eu quero a VPR na Presidência da República. Dilma é 13!

O PNDH-3 é 10!

Paz, terra e pão!