sábado, 7 de fevereiro de 2009

Novo acordo ortográfico

O novo acordo ortográfico entre os países lusófonos é um importante marco para as relações internacionais. Em vigor desde 1º de janeiro de 2009, trata-se de uma tentativa de conferir maior unidade ortográfica ao português, idioma oficial das oito nações que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Afinal, essa unidade ortográfica pode facilitar as relações comerciais entre membros da CPLP e com outros blocos.

Sabe-se que, devido à diversidade cultural e étnica entre os países lusófonos, o português falado apresenta variações que, ao invés de unir seus falantes, os separam. Tal qual o inglês separa britânicos e estadunidenses. Espera-se que, mesmo restrito à ortografia, o novo acordo promova uma maior unidade lingüística à “última flor do Lácio”.

Afinal, a aquisição de uma maior unidade lingüística pode estimular o multilateralismo na política externa e fortalecer as nações que integram a CPLP. Assim, o bloco poderia defender e atingir mais interesses comuns. Sabe-se, também, que o novo acordo ortográfico pode facilitar o ingresso do Brasil, país mais extenso e populoso da CPLP, como membro permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Há algo de novo na língua de Camões, Pessoa, Machado e Drummond. Para além da mera supressão de letras e acentos, trata-se de uma aposta no futuro. A tentativa de reconhecer a importância dessa reforma ortográfica atrelada tão-somente ao presente pode ser tão inglória quanto a paráfrase “reformar é preciso, viver não é preciso”. Quanto ao presente, esqueça-se o trema.

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