quinta-feira, 16 de julho de 2009

E agora, José?

José Sarney agoniza. Lula Lelé, esquizofrenicamente, primeiro defende o resultado das eleições "democráticas" no Irã; enquanto o presidente reeleito Mahmoud Ahmadinejad assiste, bem como o resto do mundo, a assassinatos de manifestantes nas ruas de Teerã.

Depois, Lula defende Sarney, o Presidente do Senado Federal, aquele dos atos secretos. Mas a publicidade é um dos princípios do ato administrativo, requisito e condição sine qua non para eficácia. Se não há publicidade, deve-se anular o ato administrativo. Sarney diz que não existem atos secretos, atos que não foram publicados. Lula diz que Sarney não é um qualquer, como eu ou você, leitor.

Sarney é aquele do ato secreto para nomear o namorado da neta. E de centenas de atos administrativos secretos, realizados em conluio com outros de sua estirpe. O povo gosta, todo mundo sabe. Quem não gosta é a imprensa, que confunde opinião pública (que não existe) com opinião publicada (aquela que só existe se rende pauta e vende). Entre o eleitor brasileiro e o jornalismo brasileiro, qual é mais inapto e inepto?

Duas semanas mais tarde, ao inaugurar obra em Alagoas, o Presidente Lula elogia Renan Calheiros e Fernando Collor: a "babá" do PAC, ex-Presidente da República cassado por impeachment. Incontinência verbal, eu sei. Todo mundo sabe.

Tem gente que ainda defende o Lula, claro. O Gim Argello, por exemplo. E agora, José?

Ontem à noite, no Mineirão, o acaso provou que o futebol é tão hobbesiano quanto a política brasileira, o mundo dos concursos públicos e a obrigatoriedade do voto.

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