terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O "continuum" da mudança

À primeira vista, propugnar que a mudança é um continuum pode parecer absurdo. No entanto, o filósofo pré-socrático Heráclito de Éfeso defendia a impossibilidade de um homem se banhar duas vezes em um mesmo rio, já que nem o homem nem o rio seriam mais os mesmos. "Tudo muda o tempo todo no mundo"?

Foto: Martim Garcia

Na sociedade da informação em tempo real, o ritmo das mudanças é avassalador. Assiste-se a revoluções nos meios de comunicação. Em um ritmo menos frenético, mas socialmente relevante, criam-se redes de conhecimento e de promoção da inclusão digital. Essas mudanças em curso podem contribuir para minorar desigualdades históricas entre os homens.

Diz-se que o estudo da História é importante para não repetirmos os erros do passado: a barbárie do Nazismo e o Holocausto, por exemplo. Se o presente é tributário do passado, o futuro imbrica-se ao presente, encadeando fatos e mudanças à medida que estas acontecem.

Tal qual fênix, a humanidade tem o poder de reinventar-se, adaptando-se às mudanças ao mesmo tempo em que as provoca. Há de ser assim também no que concerne ao aquecimento global e às mudanças climáticas. A menos que queiramos substituir o continuum da mudança pela permanência do caos. "Tudo muda o tempo todo no mundo".

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