Ética nas relações internacionais? Só se for na Academia, locus por excelência das elocubrações de inspiração helênica. No resto do mundo, ou no mundo real, apenas propugnar a necessidade de uma nova ética para as relações internacionais é tão eficaz, em termos práticos, quanto pedir a Deus (ou a Alá) que israelenses parem de matar crianças palestinas na Faixa de Gaza.
Afinal, para além dos organismos internacionais, as verdades são nacionais, e não universais. E, como afirma Joseph Nye, Jr., "presidentes incapazes de defender seu povo não serão nunca bons governantes". Se o interesse nacional acaba sobrepujando os internacionais, como esperar relações éticas entre nações com interesses distintos e mutuamente excludentes?
É mais razoável aterrorizar a nação vizinha, ou mesmo distante, para lembrar seus governantes e cidadãos de que, antes de aspirações éticas, a supremacia bélica e seu poder simbólico de coerção têm prevalência. Thomas Hobbes é quem tinha razão: "o homem é o lobo do homem".
À humanidade contemporânea, ética não é mais do que um conceito, legado grego. Propugnar a necessidade de uma nova ética nas relações internacionais é tão inglório quanto esperar solucionar desavenças históricas entre nações eticamente. A menos que se esteja na Academia.
Afinal, para além dos organismos internacionais, as verdades são nacionais, e não universais. E, como afirma Joseph Nye, Jr., "presidentes incapazes de defender seu povo não serão nunca bons governantes". Se o interesse nacional acaba sobrepujando os internacionais, como esperar relações éticas entre nações com interesses distintos e mutuamente excludentes?
É mais razoável aterrorizar a nação vizinha, ou mesmo distante, para lembrar seus governantes e cidadãos de que, antes de aspirações éticas, a supremacia bélica e seu poder simbólico de coerção têm prevalência. Thomas Hobbes é quem tinha razão: "o homem é o lobo do homem".
À humanidade contemporânea, ética não é mais do que um conceito, legado grego. Propugnar a necessidade de uma nova ética nas relações internacionais é tão inglório quanto esperar solucionar desavenças históricas entre nações eticamente. A menos que se esteja na Academia.
2 comentários:
Oi...nossa achei mto bom o seu artigo,to fazendo um trabalho acadêmico sobre "relações éticas" e me identifiquei bastante com o que vc escreveu,mas não se preocupe que não vou plagear,hehehe
Abraços
Taciani Lopes/estudante de administração.
Essa foi dissertação de simulado em janeiro...
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