quinta-feira, 12 de março de 2009

À sombra de Tim K

Ontem, o adolescente alemão Tim Kretschmer saiu do ostracismo para se tornar mais um mártir da sociedade do espetáculo, essa que exige representações e adereços materiais e simbólicos muitas vezes fora do alcance de um Bruce Jeffrey Pardo ou de um Cho Seung Hui. Tim K., como ficou conhecido mundialmente o atirador de 17 anos que matou coleguinhas e professoras de sua antiga escola, em Winnenden, na Alemanha, foi mais um idiota que não segurou a própria onda.

Hoje, dia 12 de março, na estrada entre Goiânia e Anápolis, Kleber Barbosa da Silva, após agredir a esposa com golpes de extintor de incêndio, batendo-lhe na cara enquanto dirigia, e jogá-la para fora do veículo em movimento, sequestrou a própria filha e fugiu com ela até Luziânia, na região do Entorno do Distrito Federal. Na segunda-feira, dia 9, em Aparecida de Goiânia, Kleber estuprara uma menina de 13 anos.

Em Luziânia, mesmo sem ter brevê de piloto, sequestrou um avião monomotor no Aeroclube de Brasília, depois de ameaçar o piloto com uma arma de fogo, e voou para Goiânia com a filha. No voo de volta, foi seguido por caças da Força Aérea Brasileira, que tentaram contato com o sequestrador pelo rádio. Sem sucesso.

Depois de manobras arriscadas pelo céu da capital de Goiás, o imbecil pedófilo, estuprador e sequestrador arrebentou o avião no estacionamento de um shopping center, catedral do consumo. Matou-se e levou a filha de cinco anos junto.

Pena que a comoção internacional gerada pelo caso Tim K. tenha ofuscado a perspicácia do goiano...

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